A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira (8), o retrato falado do suspeito de envolvimento no caso em que foliões relataram ter sido agredidos por agulhas de seringa durante o carnaval, no Grande Recife. Mais de cem pessoas procuraram atendimento médico com relatos do tipo. A imagem foi feita a partir da descrição feita por uma das vítimas.
Uma delegacia móvel foi montada no Hospital Correia Picanço, na Zona Norte do Recife, unidade de referência em doenças infecto-contagiosas procurada pelas vítimas. O resultado do exame realizado nas pessoas que relataram terem sido agredidas com agulhas não foi divulgado.
Cinco pessoas procuraram a unidade móvel da Polícia Civil e, delas, apenas uma conseguiu descrever a fisionomia que gerou o retrato falado.
“Não significa que temos apenas um autor dos crimes. Uma das vítimas, que foi atingida em Olinda, conseguiu fazer a descrição, mas podemos ter outros [envolvidos]. Aquelas que visualizaram os autores, tem importância significativa para a polícia. Elas podem auxiliar a identificar e levar à prisão esses autores”, explica o delegado Joselito Kehrle, chefe da Polícia Civil.
Polícia Civil instalou delegacia móvel para registrar queixas de agulhadas no carnaval — Foto: Beatriz Castro/TV Globo
Duas vítimas foram enfáticas ao afirmar, durante o registro na delegacia, que foram perfuradas por seringa, informando dia e local, enquanto as outras três procuraram a polícia após a divulgação dos casos pela imprensa.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime de “expor a risco a vida de outrem por transmissão de moléstia grave” e reforçou o pedido para que as vítimas compareçam a delegacias para fazer os boletins de ocorrência. Cada relato de vítima gera um novo inquérito.
Relatos de agressão
Até a quinta-feira (7), mais de cem pessoas tinham procurado o Hospital Correia Picanço com o mesmo relato: agressão por agulha de seringa no carnaval. Na manhã do dia anterior, eram 25 registros do tipo na unidade de saúde. As pessoas chegam com relatos de terem sido furadas, principalmente, nas costas e no braço.
Todos os pacientes foram liberados, segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco. Antes, no entanto, tomaram medicamentos que são ministrados para prevenção ao vírus HIV. Eles também receberam a orientação para voltar à unidade de saúde em 30 dias, prazo necessário para a conclusão desse tratamento.
Fonte: G1