Com o intuito de informar sobre o agravamento do coronavírus na região do Vale do Sambito, na manha do último domingo 21/03, uma das enfermeira do Hospital Reginal Eustáquio Portela, Istefanne Ricardo fez o seguinte relato em suas redes sociais:
 “Essa é a primeira vez que eu tô parando pra sentar em um plantão que começou as 7hs da manhã. Ali dentro eu tenho todos os leitos lotados, pacientes gravíssimos, com acometimentos pulmonares absurdos, com as melhores máscaras que nós temos, a capacidade de oferta de oxigênio no máximo, mesmo assim sem melhora. Na fila de espera da UTI são 58 pessoas na frente, no telefone famílias aflitas te ligando 24 horas pra saber notícias do seus entes queridos, quando eu entro no isolamento consigo ver nos olhos daqueles pacientes que eles sabem que estão morrendo, e eu não posso dizer isso pra eles, eu não posso transparecer que prevejo como será o fim daquilo, meus colegas de trabalho sabem o mesmo, sentem o mesmo, carregam as mesmas dores, os mesmos amores de um ramo que tanto sofre em tempos de pandemia.
   Essa foto é de hoje mais cedo quando um grupo de oração veio aqui rezar com a gente, ela fala tanta coisa, revela a minha dor, a nossa dor, dor de profissionais que estão sobrecarregados, que carregam vidas nas costas, que conseguem sentir a aflição das famílias, quem sabem que estão mais perdendo do que ganhando pra um vírus que leva pessoas, país de famílias, filhos, esposas, todos os dias, na nossa frente, dos mesmos profissionais que sofrem pelo medo de perder os seus, ou por já terem perdido, e que sabem, que não vão poder fazer muito mais do que aquilo, caso aconteça.
O COVID é real, ele mata, mas antes disso, ele maltrata, ele testa todos os níveis de crueldade e solidão que uma pessoa pode ser submetida, morrer por COVID é triste, depois que você passar por aquela porta, não existe mais familiares, não existe mais visitas, não existe mais amigos, é só você, e o pior, nem na hora da partida os que te amam vão poder te dar um último abraço. O COVID maltrata, é cruel, é solitário, é desumano.
Por favor, se cuidem, fiquem em casa, pelos que te amam, por vocês, por nós, por todos!
Istefanne Ricardo”
   Em conversa ao Portal L.S News, a enfermeira que é natural de Lagoa do Sítio afirmou que o objetivo do relato é mostrar a realidade do agravo, dando um choque de realidade e mostrando o adoecimento psíquico dos profissionais diante do colapso do sistema de saúde.
RODA DE ORAÇÕES;

Os grupos de orações Nascidos do Espírito Santo da Paróquia de Nossa Senhora do Ó e Conceição, juntamente com o grupo de oração Tenda do Altíssimo da Paróquia de São Francisco de Assis realizaram na tarde deste sábado (20), em frente ao Centro Covid do Hospital Regional Eustáquio Portela, um momento de oração e clamor pelo fim da pandemia do novo coronavirus, pelos internos do centro covid e pelos heróis da saúde de Valença e do mundo inteiro.

Em uma grande roda observando as medidas sanitárias, os grupos da Igreja Católica rezaram pelo fim da pandeia, que já tirou a vida de 34 pessoas de nossa cidade e 292.856 em todo o Brasil até esse sábado.

Nesta sexta-feira (19), a diretora do Hospital Regional Eustáquio Portela, Lucilia Marreiros, informou que todos os leitos do Centro Covid estavam ocupados mais uma vez.

Com informações do Portal V1.

COMPARTILHAR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui