Após completar um mês da tragédia no Ninho do Urubu, o Flamengo tenta para regularizar o seu Centro de Treinamento, atualmente fechado pela Prefeitura. O clube entregou nesta quinta-feira (7) a documentação para tentar reabrir o local. O Flamengo fechou acordo de indenização para apenas uma das 26 pessoas envolvidas no incêndio.
No episódio, 10 jovens atletas da categoria de base do clube morreram, três ficaram feridos e outras 13 pessoas escaparam sem ferimentos. Todos devem ser indenizados.
O departamento jurídico do clube abriu diferentes negociações. Dos 10 garotos mortos, apenas uma família já fechou um acordo indenizatório. Além disso, as 13 pessoas que conseguiram escapar sem ferimentos devem entrar em consenso com o clube até o fim de março, a partir de um acordo coletivo. As outras vítimas estão com a situação indefinida.
A Defensoria Pública informou ao G1 que cuida da indenização dos familiares de três jovens que morreram no incêndio do alojamento. De acordo com o órgão, o bloqueio de bens do Flamengo foi pedido já que nenhum trato foi estabelecido.
Especialistas dizem que Flamengo assumiu risco ao manter aberto local interditado — Foto: Reprodução/JN
O Ministério Público e a Defensoria Pública entraram, no dia 20 de fevereiro, com um pedido de liminar solicitando o bloqueio de bens do clube no valor de R$ 57 milhões.
Um prazo de cinco dias foi dado, no dia 22 de fevereiro, ao Flamengo para se pronunciar e apresentar defesa. Até a publicação desta reportagem, o Flamengo não tinha se manifestado à Justiça e os bens também não tinham sido bloqueados.
Força-tarefa no clube
No último dia 27 de fevereiro, uma ação da Prefeitura do Rio interditou o Ninho do Urubu até que todas as exigências de segurança fossem garantidas no local. Por isso, uma força-tarefa foi montada no clube para eliminar as pendências.
Os 10 adolescentes que morreram em incêndio no Ninho do Urubu — Foto: Fantástico/ Reprodução
Às vésperas de completar um mês da tragédia, o clube afirmou ao G1 que entregou ao Corpo de Bombeiros um “checklist” com todas os requisitos cumpridos. Segundo a administração do clube, é esperado um “ok” até o fim da próxima semana para que se consiga um alvará na secretaria municipal de Fazenda para liberar o centro de treinamento.
Sem essa autorização, as atividades esportivas continuam sendo realizadas na sede social do clube, na Gávea, Zona Sul do Rio.
Entre as medidas tomadas para a reabertura do CT, está o cancelamento de atividades do clube dentro de contêineres. Além disso, uma determinação interna decidiu que a categoria de base passe a ocupar, no futuro, o alojamento que foi preparado para os atletas profissionais.
Fonte: G1