A reforma da Previdência volta ao centro do debate público nesta semana. Já nesta terça-feira (2) é esperada a leitura do voto complementar do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), na Comissão Especial que debate o assunto na Câmara.
De acordo com Moreira, um possível adiamento da leitura do parecer está fora de questão. A previsão inicial era de que o voto complementar fosse apresentado na quinta-feira (27) da última semana, mas a sessão acabou cancelada. O atraso na discussão da reforma é justificado por conta de uma possível reinclusão de estados e municípios na proposta. Essa, pelo menos, é a explicação oficial.
Agora, ao que tudo indica, com estados ou sem estados, o parecer de Moreira será lido na Comissão Especial. Caso tudo corra bem, a reforma da Previdência pode ser votada pelo colegiado ainda nesta semana. A expectativa é de que a proposta avance sem dificuldades, mesmo com todo o barulho da oposição.
O governo também precisa conter os parlamentares do PSL. Alguns deles articularam para a inclusão no texto de regras mais benéficas para profissionais da segurança.
O Brasil espera pela aprovação da reforma. Não há tempo a perder. O governo precisa conter seus parlamentares corporativistas. O centrão tem de focar no país, deixando de lado interesses individuais. A oposição deveria entender o momento histórico, votando pelo desenvolvimento sem ranços político-partidários.
A nova Previdência é necessária. A proposta não pode ser considerada como um projeto de um governo. A reforma é um projeto para o Brasil.
Fique ligado!
E os laranjas? A situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, tem se complicado a cada dia. Na última semana, ele teve três assessores presos pela Polícia Federal sob suspeita de participação em esquema de candidaturas de “laranjas” para desviar verba pública da legenda.
Diante do cenário adverso, Álvaro Antônio deve se reunir com Bolsonaro nesta semana. O resultado desse encontro ainda é imprevisível, mas se o presidente tiver apresso pelo seu eleitorado, deve demitir o ministro.
Ele fica… O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, negou nesta segunda-feira (1º) que o presidente Jair Bolsonaro pense em demitir o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Especulações sobre essa possibilidade tem ganhado força nos últimos dias.
Até agora, três ministros do governo já caíram. Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, Ricardo Vélez Rodríguez, do Ministério da Educação, e Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo.
Lava Jato em ação… A força-tarefa da operação denunciou, nesta segunda-feira (1), o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e outras quatro pessoas por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
As suspeitas indicam que os denunciados integraram um cartel de 16 empresas do ramo de engenharia que tinham o intuito de fraudar concorrências da Petrobras e, assim, dominar o mercado de montagem industrial da companhia.
Fonte: Agência Radio