O governador Wellington Dias (PT) confirmou o atraso do pagamento das bolsas de 28 médicos residentes no Hospital Getúlio Vargas (HGV). As bolsas não estariam sendo repassadas aos residentes há pelo menos três meses.

O caso ganhou repercussão nesta quarta-feira (20) após o Conselho Nacional de Residência Médica deliberar pelo descredenciamento dos 10 programas em áreas clínicas e cirúrgicas, além de pedir a transferência dos residentes para outros hospitais, por causa da falta de pagamento.

Segundo o próprio governador, o Estado assumiu o compromisso com a Comissão de Residência Médica e, nos próximos meses, o repasse deverá ser regularizado.

Dias não deu um prazo certo para “quitar essa dívida”, diferente da  Comissão, que mesmo declarando que o descredenciamento seria irrevogável, decidiu conceder um prazo de 30 dias para o Estado regularizar a situação.

A coordenadora de Residência Médica do HGV, Josêlda Duarte, informou que  “essa é uma medida de impacto muito negativo”.

“Nós fomos comunicados ontem há noite da decisão da plenária da Comissão Nacional de Residência Médica de que o nosso processo tinha sido avaliado porque houve a denúncia dos atrasos e, na avaliação da plenária, a decisão foi de descredenciamento de todos os programas e a transferência desses médicos residentes para outros serviços aqui no Piauí ou em outros estados próximos”, acrescentou Duarte.

Ela disse que hoje pela manhã o HGV conseguiu contato com a representante do Conselho no Piauí  e foi dado um prazo de 30 dias para apresentar o recurso e um plano de ação no sentido de sanar essa situação.

“Esses programas, além de diferenciar o hospital do ponto de vista de qualidade no atendimento, também o diferenciam no número de atendimento já que uma boa parte é realizada pelos médicos residentes auxiliados pelos preceptores médicos”, disse Duarte.

Essa é uma situação que também afeta os terceirizados, que reclamam do atraso do pagamento. O governador relatou ainda que a situação deles deverá ser regularizada nos próximos meses. Dias falou que o Estado ainda se recupera da crise financeira.

“Trazemos para a Saúde a parte relacionada às residências, onde temos  um formato de recursos não contingenciáveis e em condições de garantir tanto no (hospital) Getúlio Vargas, na Maternidade e no Infantil. As três unidades hospitalares do estado que tem residência a condição de regularidade e, com certeza, de bons resultados e com recursos não contingenciáveis da Saúde e com o pagamento direto aos preceptores e aos residentes”, declarou Wellington Dias.

Fonte: Meio Norte
Foto: Ascom/HGV

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