A tarifa de 50% anunciada nesta quarta-feira (9) por Donald Trump sobre produtos brasileiros é a mais elevada entre as novas taxas divulgadas até agora pelo presidente dos Estados Unidos. Na segunda-feira, o republicano iniciou o envio de cartas aos países informando as tarifas que passarão a vigorar a partir de 1º de agosto, caso não seja firmado um acordo comercial com os EUA. No primeiro dia, 14 nações foram notificadas.
Nesta quarta-feira (9), uma nova rodada de comunicações foi enviada a outros oito países: Argélia, Brasil, Brunei, Filipinas, Iraque, Líbia, Moldávia e Sri Lanka. De modo geral, Trump estipulou tarifas mínimas sobre produtos importados, que variam entre 20% e 50%, conforme o país, com início previsto para 1º de agosto.
Entre os 22 países já notificados, o Brasil foi o que recebeu a tarifa mais elevada. Por outro lado, a menor alíquota foi destinada às Filipinas, fixada em 20%. A expectativa é de que novas comunicações sejam divulgadas nos próximos dias.
Confira abaixo a relação de países que já foram informados oficialmente e as respectivas tarifas anunciadas por Trump até agora:
- África do Sul: 30%
- Argélia: 30%
- Bangladesh: 35%
- Bósnia e Herzegovina: 30%
- Brasil: 50%
- Brunei: 25%
- Cambodja: 36%
- Cazaquistão: 25%
- Coreia do Sul: 25%
- Filipinas: 20%
- Indonésia: 32%
- Iraque: 30%
- Japão: 25%
- Laos: 40%
- Líbia: 30%
- Malásia: 25%
- Myanmar: 40%
- Moldávia: 25%
- Sérvia: 35%
- Sri Lanka: 30%
- Tailândia: 36%
- Tunísia: 25%
Carta ao Brasil teve teor político e citou Bolsonaro
Em carta a Lula, Trump justificou a nova tarifa citando Jair Bolsonaro e classificando o julgamento do ex-presidente no STF como “vergonha internacional”. Lula reagiu dizendo que o Brasil “não aceitará ser tutelado” e que responderá com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Ele também afirmou que o julgamento dos envolvidos no 8 de janeiro é responsabilidade exclusiva da Justiça brasileira.
Na carta, Trump afirmou, sem provas, que sua decisão de aumentar a taxa sobre o país também foi tomada “devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.
Reprodução: Meio Norte